segunda-feira, 25 de abril de 2011

DARWINISMO, SURGIMENTO

DARWINISMO
           
            Num século que se destacou pelas descobertas da ciência, talvez mais importante que o progresso cientifico tenha sido a teoria da evolução, formulada pelo naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882). Darwin fez pela sua disciplina o que Newton fizera pela física, transformou a biologia numa ciência objetiva, baseada em princípios gerais. A revolução cientifica do século            XVII dera as pessoas uma nova concepção de espaço; Darwin alterou radicalmente nossa concepção de tempo e vida biológica, inclusive as origens humanas.
Seleção Natural
            Durante o século XVIII, quase todos os pensadores haviam aceitado a explicação bíblica da criação contida no Gênese, segundo a qual Deus criara instantaneamente o universo e as varias espécies vegetais e animais. Tudo isso se acreditava teria ocorrido há cerca de seis mil anos.
            Durante cinco anos de expedição, Darwin colecionou e examinou espécies de vida animal e vegetal. Concluiu então que muitas espécies animais tinham se extinguido, que outras nonas haviam surgido e que havia elo entre as espécies extintas e as vivas. Em “A origem das espécies” (1859), Darwin utilizou evidencias empíricas para mostrar que a ampla variedade de espécies animais devia-se a um processo de desenvolvimento de muitos milênios, e apresentou uma convincente teoria que explicava como a evolução opera.
            Segundo Darwin, o principio da seleção natural determina quais membros da espécie tem mais chance de sobreviver. As crias de um leão, de uma girafa ou de um inseto não são duplicações a de seus pais. O filhote de leão pode ter um potencial ligeiramente mais rápido ou mais forte que o dos pais; o de uma girafa pode desenvolver um pescoço mais comprido que o dos pais; e o inseto pode ter a cor levemente modificada.
            Essas pequenas variações aleatórias dão ao organismo uma vantagem importantíssima na luta pelo alimento, e contra os inimigos naturais. O organismo favorecido pela natureza tem mais probabilidade de alcançar a maturidade. Após muitas gerações, a característica favorável torna-se mais pronunciada e mais difundida nas espécies. Com o passar do tempo a seleção natural elimina as espécies antigas, menos adaptáveis, e produz outras novas.         
Darwinismo social
As teorias de Darwin estenderam-se a outros campos de estudo. Alguns pensadores sociais, que imprudentemente aplicaram as conclusões darwinianas à ordem social, produziram teorias que tiveram conseqüências perigosas para a sociedade. Os darwinistas sociais usaram o termo “luta pela existência” e “sobrevivência do mais capaz” para apoiar o brutal individualismo econômico e o conservadorismo político. Os empresários bem sucedidos, afirmavam eles, haviam demonstrado sua capacidade de vitoria no mundo competitivo dos negócios. Seu êxito estava em harmonia com as leis naturais e era, portanto, beneficio a sociedade; os que fracassavam na luta socioeconômica demonstravam sua incapacidade. O fracasso, que tradicionalmente havia sido atribuído à iniqüidade humana ou ao desígnio de Deus, agora era associado a um dom hereditário inferior.
Ao usarem o modelo darwinista da evolução e transformação lentas dos organismos, através de dezenas de milhares de anos, os conservadores insistiam em que a sociedade devia também transformar-se em ritmo lento. As reformas imediatistas contrariavam as leis naturais e a sabedoria e resultavam numa deterioração do corpo social.
A aplicação da biologia de Darwin ao mundo social, com a qual ela não se harmonizava, também fortaleceu o imperialismo, o racismo, os nacionalismos o militarismo. Os darwinistas sociais insistiam em que as nações e as raças estavam empenhadas numa luta pela sobrevivência, em que apenas o mais capaz sobrevive e merece sobreviver. Pensadores da época chegaram a conclusões como: “A história mostra-nos apenas um caminho, e um caminho apenas, em que se produziu um estado mais elevado de civilização, Istoé, a luta entre raças e a sobrevivência da raça física e mentalmente mais capaz.” “Devemos obedecer a nosso sangue e ocupar novos mercados e, se necessário, novas terras.” “A guerra é uma necessidade biológica de primeira importância.”
A biologia darwiniana foi usada para promover a crença na superioridade das raças. O crescimento do império britânico, a expansão dos Estados Unidos para o Pacifico e a extensão do poderio alemão foram atribuídos as qualidades raciais desses povos. A dominação de outros foi considera como o direito da raça superior.
Ao programarem a versão “unhas e dentes” das relações internacionais e humanas, os darwinistas sociais descartaram a visão humanística e cosmopolita dos iluministas e distorceram a imagem de progresso. Seus pontos de vista promoveram o engrandecimento territorial e a formação militar e levaram muitas pessoas a acolherem bem a Primeira Guerra Mundial. As noções darwinistas social da luta das raças pela sobrevivência tornam-se doutrina fundamental do partido nazista após a Primeira Guerra e forneceu a justificativa cientifica e ética para o genocídio.
REFERÊNCIAS:
PERRY, Marvin. Cilização ocidental. Uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes,2000.

Sugestão de Avaliação de História para o 6º ano

  NOME: _________________________________________________ TURMA:______ DATA: ____/_____/_____ PROFESOR: Luciano Braga Ramos AVALIAÇÃO DE HIS...